Quebra a pedra de mármore que é o teu rosto branco, do gelo do teu desencanto e onde começam a ficar vincadas estrias de amargura. Descola os lábios, que, de contraídos, parecem uma fissura talhada por qualquer cinzel de um escultor triste como tu.
Levanta os olhos, que, de olharem para baixo, ganharam as cores cinzentas do chão! É preciso que olhem o alto, para conquistarem o azul do céu, ou para se tornarem verdes como a esperança.
Eu sei que são escassos os motivos para sorrir, mas faz deles a força que necessitas. Não gosto que vivas petrificado. Atravessa o rio da tua indiferença. É simplesmente um riacho. Entre as margens coloca os motivos em que ainda crês. Faz deles as pedras passadeiras e avança confiante.
Na margem oposta verás que nem tudo te será oposto. Conta comigo. Estou à tua espera e aguardo o teu abraço.
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